sexta-feira, julho 22, 2011

Qual a maneira mais inteligente de 50 pessoas se locomoverem?




Pense bem: jamais alguém que nos queira mal poderá nos ensinar a pedalar. Como em toda iniciação que se preze, há perda de sangue, e a ferida que marca a distinção (os joelhos ralados e as mãos arranhadas). E a maravilha de perceber o próprio corpo entrando em modo automático, superando o embaraço inicial dos novos movimentos, zac! A consciência repentina de que o verdadeiro equilíbrio está antes no movimento do que no estatismo. A renovada intimidade com nosso sistema neuromuscular auxiliada pela oração chiante das rodas no asfalto. Uma meditação tubular completa, em contemplação ativa, entre a paisagem parada e o fluxo do trânsito, os quais, enquanto você está pedalando, trocam os papéis: em movimento a primeira e congelado o segundo. Assim como nada e fazer amor, andar de bicicleta está programado em algum ponto dos nossos genes: uma vez que se aprendeu, é impossível esquecer. O modelo nunca ultrapassado do deslocamento socialmente responsável, sem desperdício de recursos, não estressante e, como se não bastasse, divertido.
 
O grau de civilização de um país é diretamente proporcional ao respeito que ele tem pelos próprios ciclistas.

Andar de bicicleta não implica nenhuma estúpida exibição de poder, requer apenas otimismo e coragem (ficar de costas para os automóveis é um verdadeiro ato de fé, tarefa de nosso guerreiro interior).

terça-feira, julho 19, 2011

Os Grandes Arquitetos #4 - COOP HIMMELB(L)AU

A COOP HIMMELB(L)AU é uma cooperativa que atua nas áreas da arquitetura, urbanismo, design e arte. Fundada por Wolf D. Prix, o único arquiteto ainda presente na atual formação do escritório, Helmut Swiczinsky, e Michael Holzer em Viena, na Áustria em 1968.

BMW Welt © Philip Bradford – Veja o post sobre essa obra aqui
O escritório atua com uma linha de arquitetura desconstrutivista e ganhou destaque internacional através de Peter Eisenman, Zaha Hadid, Frank Gehry e Daniel Libeskind com a exposição de 1988, “Deconstructivist Architecture” no Museu de Arte Moderna de Nova Iorque (MoMA). Seus trabalhos abrangem desde prédios comerciais até projetos residenciais. Possuem projetos em países como a Alemanha, Armênia, Egito, França e China. Atualmente COOP HIMMELB(L)AU emprega uma equipe de 150 pessoas de dezenove nações. O nome COOP HIMMELB(L)AU é de origem Alemã e é a junção de duas palavras. Uma Coop, que é a abreviatura para a palavra cooperativa no ramos dos negócios, que em inglês é co-op. E o termo Himmelblau, que sua tradução é “Céu Azul” ou também “Construção Celestial”.

Akron Art Museum © Bryan Chang – Veja o post sobre essa obra aqui

OS FUNDADORES

Wolf D. Prix (1942 – *)
(Co-Fundador/ Principal Designer/CEO)
Wolf D. Prix, nascido em Viena em 1942, foi co-fundador da COOP HIMMELB(L)AU e é o nome mais importante da cooperativa. Ele estudou arquitetura na Universidade de Tecnologia de Viena, na Associação de Arquitetura de Londres (Architectural Association of London), e do Instituto de Arquitetura da Califórnia do Sul (SCI-Arc), em Los Angeles. Em 1993, Wolf D. Prix foi nomeado professor de Arquitetura na Universidade de Artes Aplicadas de Viena, na Áustria. Desde 2003, ele foi chefe do Instituto de Arquitetura, o chefe do Prêmio Studio, e serve como vice-reitor da universidade.

Helmut Swiczinsky (1944-*)
(Co-fundador)
Nascido em Poznan, na Polônia, em 1944 e mudou-se para Mautern em Viena, onde vive atualmente. Ele é casado com Hilda Swiczinsky com quem teve três filhos. Estudou Arquitetura na Universidade Técnica de Viena, e concluiu o curso na Associação de Arquitetura (Architectural Association of London) em Londres. Em 1973 trabalhou como professor na Associação de Arquitetura em Londres.
É também um membro permanente da Academia Européia das Ciências e das Artes, com sede em Salzburgo. Foi um dos fundadores da COOP HIMMELB(L)AU, onde se tornou diretor e em 2007, já com mais de 60 anos, aposentou-se como um parceiro da cooperativa.

Michael Holzer
(Co-fundador)

Foi um dos fundadores deixando a COOP HIMMELB(L)AU em 1971.


DIREÇÃO ATUAL

A direção atual conta com Wolf D. Prix como Principal Designer e CEO, Wolfdieter Dreibholz como CEO E CFO, Harald Krieger como CFO e Karolin Schmidbaur como Designer.

Da esq. para a dir. Wolfdieter Dreibholz, Harald Krieger e Karolin Schmidbaur – (fonte: Site) © Coop Himmeublau

terça-feira, julho 12, 2011

PEQUENO VERSO DE UM DIA DE INSPIRAÇÃO



"COM UM DESENHO DE LINHAS CURVAS FAÇO UM CROQUI DE UM SENTIMENTO QUE SERÁ RECIPROCO PELO TEMPO QUE FOR" MAYCON ORTEGA

sábado, julho 09, 2011

OS GRANDES ARQUITETOS #3 - Daniel Libeskind

Podemos resumir a arquitetura de Daniel Libeskind com uma frase, “Minha obra fala de vida a partir da catástrofe”. É isso que o menino que fugiu de uma Polônia Nazista, foi para Israel, estudou música, se tornou um cidadão americano e largou a música pela arquitetura, mostra em suas obras. A mais marcante delas é o Museu Judaico de Berlim (temos um post aqui no blog), chamado por Libeskind de “Between the Lines”, porque contem duas linhas de pensamento. Para ele esse era um projeto que não precisa de uma pesquisa sobre o programa, ele viveu a história dos judeus e sabia o que precisava ser mostrado.

Museu Judaico de Berlim – © simmons2
Aos 52 anos, Libeskind trabalhava quase que exclusivamente como professor, e com isso influenciou toda uma geração de arquitetos. Para ele os novos arquitetos devem pensar por si e não caírem na mesmice, a vida é muito complexa e muita rica para haver apenas uma resposta para tudo.

Libeskind com sua arquitetura desconstrutivista traz em sua linguagem ângulos imponentes, espaços labirínticos, planos inclinados, geometrias que se intersectam, plantas em ziguezague, tudo isso torna os seus projetos únicos.

Vitra – São Paulo – © Daniel Libeskind
Apesar de ser conhecido pelos grandes museus que projetou, ele fez também muitas obras residenciais desde casas a edifícios, porem nesses edifícios a quantidade de planos inclinados não é tão chocante, talvez pela limitação da função, como pode ser visto do próprio edifício residencial que projetou para a cidade de São Paulo (Vitra), os planos inclinados existem, mas são bem mais tímidos.

Hoje o que mais se houve falar sobre Libeskind, é seu projeto para o Plano Diretor do antigo terreno do World Trade Center, que esta em construção no momento. O local será transformado em um complexo, que terá um memorial com cachoeiras, um museu subterrâneo, um centro de visitantes, espaço comercial, um centro especial de trânsito e quatro torres de escritório em espiral até a altura da Torre da Liberdade.

Memory Foundations – © Daniel Libeskind


sexta-feira, julho 01, 2011

OS GRANDES ARQUITETOS #2 - Frank O. Gehry

Casa Dançante
Centro Ray e Maria Stata
Vitra Design Museum
Museu Guggenheim Bilbao
Hotel Marques de Riscal
Walt Disney Concert Hall